domingo, 7 de março de 2010

"Sansho" — 山椒大夫 — 1954

"Sansho, O Rendeiro" [山椒大夫 — Sansho Da'Yuu], de Mizoguchi Kenji溝口健二 —, 1954.



Brevíssimo trecho — a aguçar-vos o interesse...

Imprescindível descobri-la...

5 comentários:

  1. "Little birds, if you are living still, Fly, fly far away!"
    Gostei.
    Vejo que está apaixonado pelo Japão e pelas terras do Oriente!:)
    Como é que as pessoas convivem com a religião? São crentes?
    A crença dos japoneses influência a postura?
    Têm um sentido prático da vida? São mais espirituais que os ocidentais?
    Desculpe a curiosidade.
    Boa tarde, de Portugal, Boa noite para o Japão.

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  2. Gostei das perguntas da Ana.
    Também eu fico a aguardar... Embora tenha lido bastante sobre a cultura e as tradições chinesas e nipónicas, gostaria de ler a opinião de alguém que aí está a viver. Se me permite a pergunta: Há quanto tempo vive no Japão?

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  3. Olá Catarina.
    Obrigado por passar por cá.

    Respondendo em primeiro à sua pergunta: eu estou aqui há quase 2 anos — desde Junho de 2008.

    De relance e no que concerne às perguntas aqui deixadas pela Ana:
    há quem diga que no Japão as pessoas não são propriamente 'religiosas', mas sobretudo 'supersticiosas' — apegadas a muitas crenças derivadas do animismo que caracteriza o Shintoismo — há pequenos "jinja" ("santuários" shintoistas) um pouco por todo o lado, e, de facto, esse apego a um certo corpo de crenças ancestrais profundamente enraizadas, sente-se um pouco por toda a parte.
    Eu diria, de meu juízo, que sim: que os Japoneses, de uma maneira geral, nutrem, de facto, sentimentos religiosos muito próprios, vividos através do Shintoismo (religião animista autóctone) e do Budismo, sobretudo sobre a influência do Zen.
    Apesar de constituirem uma pequena minoria, também os Cristãos Japoneses tem uma presença seignificativa, sobretudo aqui no Sudoeste do país, e em particular em Nagasaki, por influência do legado das missões Portuguesas dos séculos XVI / XVII.
    Mas o Japão quotidiano é acelarado, moderno, consumista, e enredado em fantasiosas infantilidades, dado a tudo o que o dinheiro permite comprar, e é difícil perceber que domínios da vida acabam por ter mais pêso no pensamento e na vivência das pessoas.
    Até porque o Japonês comum, é, por princípio, e como todos sabemos, um indivíduo sobremaneira reservado e que dificilmente falará dos seus sentimentos ou opiniões, ou do que quer que seja que lhe vá na alma — essa "reserva do intímo" é talvez a característica mais notória nas pessoas de uma maneira geral (nunca sabemos o que pensam, ou o que estão a pensar ou sentir ) e é um fenómeno cultural e psicológico transversal em toda a sociedade Nipónica.

    Por outro lado, e como creio já o ter dito outrora e algures neste blogue, o Japão é, em meu entendimento, um país de muitos rostos e com 'personalidades múltiplas' — ele há o Japão conservador, contemplativo, filosófico e apegado a todo um corpo de tradições complexas e há o Japão futurista, prático, 'plástico', quase que desconexo do primeiro —, em todo o caso é difícil falar destas coisas sem arriscar cair em generalizações grosseiras. Parece-me mais sensato, para fazermos uma avaliação destes aspectos, ir deixando aqui o meu testemunho, "a conta-gotas", e deixar cada um ir formando a sua própria visão sobre este grande país e as suas gentes.

    Uma vez mais, muito obrigado pela visita.

    NBJ, Fukuoka

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  4. Obrigada pela sua resposta e pela bela forma como a executou. Vejo que a beleza plástica e a beleza natural das cerejeiras em flor o tocam.

    Agradecida pela atenção, Fukuoka (já não me lembro o que é mas deve ser saudações)
    Viva!
    Ana

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  5. Olá Ana, uma vez mais.

    Fukuoka é o nome da cidade que me alberga (ver no mapa, ver no mapa...)

    Prazer em vê-la por cá.

    NBJ

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