segunda-feira, 26 de março de 2012

segunda-feira, 12 de março de 2012

Ainda e sempre, Tōhoku — um ano depois




Imagens e informações a reter — nem todas particularmente animadoras (nada de novo, é certo...), porém sempre saudando o esforço de tantos e o tanto que já foi feito:








Reconstruir Tōhoku não será tarefa fácil, bem o sabemos — uma perspectiva optimista aponta para 20 anos o tempo que levará até que a região regresse em pleno à normalidade — e não esquecendo os gigantescos quebra-cabeças que a situação actual impõe, como os milhões de toneladas de entulho que ninguém quer e que ameaçam hoje tornar-se parte da paisagem, o realojamento de centenas de milhar de pessoas que tarda, e, claro, Fukushima, com tudo o que este nome hoje omina...


Porém muito já foi feito, está a ser feito e será feito, com o amor e o incansável empenho e dedicação de tantos que se entregaram já, de alma e coração, à causa do renascimento do Nordeste do Japão.
Também esses não devemos esquecer e ainda que pouco os vejamos nos noticiários e foto-documentários, pois são eles quem, a cada dia que passa, restitui à paisagem de Tōhoku um pouco mais da vida que as imagens de há um ano atrás sofismavam ter-se perdido para sempre.




A esses que lá estão, uma especial dedicatória nesta hora, um ano e um dia depois.


    

   愛郷精神 

[あいきょうせいしん]

"Amai A Vossa Terra"






("Spared, I've been spared, all the powder,on a trumpet of Gabriel")











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Orações


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domingo, 11 de março de 2012

Das cinzas




É facto: na sequência do seu seppuku pelo seu 3º aniversário a 19/01 passado, este blogue deveria estar hoje morto e sepultado.
Quiz o destino que caísse apenas em coma profundo, do qual desperta hoje, e porque a data em causa assim tem a força de o reanimar e devolver-lhe a alma que se julgava já ausente.
Foi há precisamente um ano, pelas 14:46, hora local, que o pior aconteceu. 
Quem aqui escreve e estando tão próximo, não o sentiu, porém jamais esquecerá esse dia.


Hoje convido-vos a recordar Tōhoku, há um anos atrás, e através da lente e olhar sensível do meu bom amigo Hisashi Murayama, fotógrafo então ao serviço do Le Figaro, e a apreciar outras imagens do que se ergueu dos escombros e das cinzas, por este tempo que passou.


Hoje celebramos a Vida, em toda a sua Glória.




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