Eu juro: levou algum tempo... até que se fizesse luz no meu espírito...
A Etsu dizia-me: "...será que não vês?... o que elas são?..."
...E eu olhava... e olhava... e passaram aí uns três minutinhos e eu já estava a sentir-me muuuuuuiiiiiito estúpido, muito, muito estúpido, muito ESTÚPIDO mesmo! é verdade...
Dosojin - escreve-se assim 道祖神 e por favor!: que não vos passe pela cabeça tatuarem esta sacro-santa palavrinha num dos vossos braços (eu sei que os kanjis têm os seus encantos, eu sei...), não vá calhar passar um grupo de Japoneses por vós, aí na vossa praia de eleição, no Verão, e desatarem-se todos a rir à gargalhada e a rebolar que nem uns possessos na areia!... ainda acaba tudo de cana!...
Apreciai as fotos e depois dizei-me de vossa justiça... Escusado será dizer que não tem qualquer relação com o Stanley Kubrick - acho eu... -, se bem que não me surpreenderia nada vir a saber que este Kami lhe serviu de inspiração aquando do processo de idealização do "2001"...
Afinal, tem uma certa relação, ou não?...
Próximo capítulo: o resto da história d'hoje...
Sinceramente não sei o que dizer, pois o dito Dosojin deixou-me atónito... :-o
ResponderEliminarNão vislumbro nenhum casal feliz em dois calhaus disformes, porém, respeito a crença dos japoneses... :D
Maldonado: Olha melhor, olha melhor!...
ResponderEliminarOra bem, olhando melhor saltam à vista os seguintes detalhes:
ResponderEliminar- Um calhau enorme e outro mais pequeno;
- O mais pequeno está partido ao meio e amarrado.
Felicidade aí? Olha que não sei...
Se calhar pelo facto de não estar a par das particularidades da cultura japonesa não consigo achar interessante esse simbolismo... :/
Espera aí, será que há aí um simbolismo freudiano, pelo facto de ambos estarem posicionados de frente um para o outro? :-o
Olha lá Maldonado - estou a ver que o mal deve ser das fotos que afinal não estão grande coisa - o Calhau-Mais-Comprido e o Calhau-Mais-Pequeno-E-Com-A-Racha-Ao-Meio DE FACTO têm qualquer coisa de freudiano... Torna a olhar!... A sério!... Agora entendes porque é que eu me estava a sentir tão estúpido?...
ResponderEliminarDesisto! :(
ResponderEliminarSe calhar eu é que sou um calhau... :))
Ahahah!!! Um GRANDE E BEM ERECTO CALHAUZÔRRO ao lado DE UM OUTRO MAIS PEQUENO E RECHONCHUDO E COM UMA RACHA AO MEIO têm, DECIDIDAMENTE, que te lembrar qualquer coisa!... (...que via de regra anda entre as pernas das pessoas e de outras criaturas...) Keep looking.
ResponderEliminarEntão eu acertei! Então é mesmo um simbolismo freudiano! :-o
ResponderEliminarO calhau grande simboliza o pénis e o mais pequeno e rachado a vagina... Certo?
Got it! Alvíceras, Meu Caro Maldonado! Mas deixa estar: eu estava lá defronte deles a olhar, a olhar (são os dois mesmo enormes - o calhau que representa o falo deve ter aí uns 3 metros de altura) e olhava... e tornava a olhar... e também não percebia, ou não queria perceber! Agora entendes-me, certo?... Ahahahah!
ResponderEliminarA minha alma está parva com a "criatividade" cultural japonesa... :D
ResponderEliminarTrata-se, como é evidente, de um ancestral culto da fertilidade: a ideia de um "casal feliz" em inúmeras culturas é sinónimo de um "casal com filhos" que coresponde, por extrapolação, à ideia - esta mais hodierna - de um casal sexualmente satisfeito. Daí os simbolos fálico e vúlvico.
ResponderEliminarNão sou antropólogo nem etnólogo, mas suspeito que haverá possibilidade de estabelecer um paralelo muito interessante entre este culto shintoista no Japão e o que se crê terem sido possíveis antigos cultos de certas comunidades do Neolítico na Europa e noutras partes do Mundo, como os que se especula terem estado associados a monumentos megalíticos como os menhires.