Estranha é a noite.
Dois Katatsumuri (蝸牛) com as antenas viradas para nós e o Sol de adereço...
Em Hakata.
Onde silhuetas se escondem e o silêncio das ruas se alumia, no céu sem estrelas de uma noite de Outubro...
Bem-vindas ó luzes saídas das sombras!
À hora da ceia de Sábado, eis o Hakata Tōmyō em todo o seu esplendor.
Entrai. A noite é vossa...
A "Festa das Lanternas" (博多灯明) em Hakata vem todos os anos por esta altura, ainda que em data incerta, mas sempre a um Sábado.
A imagem de cima foi captada da varanda de nossa casa. A grande Kame (亀) e os peixes, seus acólitos.
O ano passado a figura era esta (creio que não a tinha partilhado convosco antes):
São milhares de pequenas lamparinas em invólucros de papel japonês de todas as côres a cobrir pátios, vias, corredores de acesso, as entradas das casas.
E nós, os transeuntes desta vida, somos levados, a divagar.
Mesmerizados pela profusão de impressões emanadas das pequenas lamparinas...
...que dão um outro ar de sua graça às estátuas dos Deuses...
...à memória de uma Antiguidade não tão remota assim...
...às pontes que levam a lado-nenhum...
Geisha e Maiko-san são visões raras por estas paragens.
Esta é uma chance única para contemplar as Maiko de Hakata na timidez da distância...